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O importante é competir (ou colaborar)?

O mundo em que vivemos está fortemente polarizado. Competimos por ideias, valores e sobre posições mesquinhas doe nosso dia a dia. Existe uma constante batalha entre quem está certo e quem está errado, como se o único caminho fosse anular o outro. O maior exemplo disso está no debate político no Brasil e no mundo.

Chegamos a um nível de polarização que torna qualquer diálogo quase impossível, afastando amigos e destruindo laços familiares. Esquerda e direita se veem como inimigos irreconciliáveis, cada lado acreditando que detém a verdade sobre o que é justo, o que é certo, e o que é o bem para a sociedade.

Infelizmente, no ambiente de trabalho, essa mentalidade também prevalece. O mundo corporativo, muitas vezes, é moldado por uma cultura de competição e individualismo. Somos estimulados a competir no trânsito, no escritório e até em interações cotidianas.

A competição nos distancia até da natureza, no sentido do todo que habita em nós e nos outros. Pense no ciclo que envolve os alimentos que chegam até a nossa mesa: o ovo, o frango, os legumes.

Para que cada um deles estivesse disponível para consumo, uma enorme rede de colaboração foi necessária, desde o agricultor, passando pelo transporte, até o supermercado. Cada parte desse processo dependeu de colaboração para funcionar, e não de competição.

Essa mesma lógica se aplica a praticamente todos os aspectos da vida. No trabalho, precisamos colaborar para inovar e resolver problemas complexos. No trânsito, nossa segurança depende da colaboração com outros motoristas.

E na vida, nossas maiores conquistas pessoais e profissionais são alcançadas por meio de parcerias e alianças, não da busca por sermos “melhores” do que os outros.

A colaboração não é apenas um componente do sucesso no ambiente corporativo; ela é a base do desenvolvimento humano. E quanto mais envelhecemos, mais clara essa verdade se torna. Quem se prende à competição e ao individualismo está caminhando para um destino árido.

O futuro, e a própria essência da vida, estão enraizados na colaboração.

Desde que passei a compartilhar minha experiência de carreiras, especificamente, o universo dos global workers – a quem chamo “o verdadeiro futuro do trabalho” -, recebo muitas perguntas sobre a competição entre as oportunidades em tecnologia versus outras áreas.

O profissional de tecnologia é frequentemente visto como a peça-chave para o futuro, mas a verdade é que há uma colaboração muito maior entre diferentes áreas de conhecimento.

Precisamos de profissionais de humanas, biomédicas, artes, e tantos outros campos para criar um mundo mais rico e dinâmico. O futuro do trabalho não pertence a uma única profissão ou habilidade, mas sim à união de diferentes competências e perspectivas.

Seja você da área de tecnologia ou não, sempre há espaço para contribuir, colaborar e fazer parte de algo maior.

E quanto antes percebermos isso, mais preparados estaremos para enfrentar os desafios que virão. A vida é, em sua essência, colaboração, desde o dia em que nascemos até a nossa morte.

Lembre-se “A vida é uma aventura”.  E se deixe inspirar por esse vídeo do Pepe Mujica.

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