“Ainda bem que a gente tem dinheiro. Assim podemos ter outros problemas.”
Essa frase foi dita no auge de uma discussão de um casal em uma peça de teatro que assisti muitos anos atrás no Teatro da Universidade Candido Mendes em Ipanema. Faz tanto tempo que não me recordo quem eram os protagonistas, muito menos o nome da peça.
Lembro que era um drama com tons de comédia e se passava no quarto de um casal em crise no relacionamento. No auge da discussão, após acusações recíprocas sobre deixar a toalha molhada sobre a cama, não espremer o tubo da pasta de dente, ficar lendo com a luz acesa enquanto o outro precisava dormir, a mulher parou e gritou: Ainda bem que a gente tem dinheiro. Assim podemos ter outros problemas.
Corta para 2024. Uma famosa influencer digital costuma atrair muitos de seus seguidores com o seguinte bordão: “Dinheiro é como oxigênio. Quando estamos sem respirar, não conseguimos pensar em mais nada. Quando respiramos normalmente nem nos lembramos que oxigênio existe”.
Você acredita que dinheiro deva fazer parte de nossas escolhas profissionais? Calma. Não estou falando na busca por determinada vaga com melhor remuneração. Estou falando, lá atrás quando estamos planejando a nossa rota de carreira, seja o curso de graduação que faremos, a instituição que estudaremos, se emendaremos uma pós-graduação etc. Você considerou isso nesse momento profissional?
Vejo muitos mentores de carreira, assim como profissionais em busca de aconselhamento obcecados por “encontrar a sua paixão no trabalho”. Como o caso da musa (ou muso) que contei recentemente no Instagram.
É uma busca perigosa e que acaba trazendo frustração pessoal para uma grande maioria que não encontra essa tão sonhada “paixão” no trabalho.
Pouquíssimas pessoas consideram o aspecto financeiro ao projetar suas carreiras. Talvez dinheiro não seja como oxigênio ou tão fundamental como ironizou a protagonista da peça, mas com o passar dos anos vamos nos dando conta de que ele é necessário para uma vida boa.
Aqui não falo de luxo, mas uma vida que garanta boa educação, saúde, moradia, alimentação e como ninguém é de ferro “diversão e arte”. Manter esse padrão em um país como o nosso, especialmente depois que deixamos de ser filhos para ter filhos, não é tarefa simples.
No final do dia, o esforço e dedicação no trabalho são os mesmos para muita gente. Nesse sentido, construir uma carreira global que nos permita, além de liberdade e autonomia, também possa nos proporcionar ganhos maiores é uma alternativa interessante. Boa parte das empresas globais em busca de candidatos “anywhere” precisam oferecer remuneração competitiva para atrair e reter os melhores talentos.
Não é um desafio simples. Construir uma carreira global exige conhecimento sobre o novo mundo do trabalho, desenvolver as habilidades exigidas, e conciliar a estratégia com a execução correta.
Esse modelo de trabalho, além de empoderar o trabalhador brasileiro e de países de renda baixa e média diante de empregadores locais, acaba expandindo as oportunidades para profissionais das mais diversas formações. Contratei e convivi com profissionais brasileiros trabalhando de forma híbrida ou remota para empresas internacionais que atuam em vendas, marketing, jurídico, design, RH, tecnologia, financeiro, operações etc.
O futuro do trabalho vai nos trazer enormes desafios e incertezas, mas também muitas oportunidades. Que não nos falte oxigênio e que possamos ter discussões saudáveis por outros problemas!
*Fui pesquisar se o Teatro Candido Mendes ainda existia ou havia encerrado. Fiquei surpreso e feliz em saber que não apenas continua de pé, como nesse mês de junho estão com uma peça sobre um casal.
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