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Boa sorte!

Hoje, vamos falar da sorte. Esse componente tão presente na vida de todos nós, mas que raramente é reconhecido como parte da construção da carreira.

Preferimos acreditar que tudo depende apenas de preparo, esforço e mérito. Mas a verdade é que a aleatoriedade ou, se preferirmos, a sorte, tem um papel que não podemos ignorar.

Essa é uma verdade inconveniente, eu sei. A maior parte dos palestrantes e executivos de sucesso ignoram essa parte e focam apenas em suas decisões estratégicas e conquistas.

Vou contar duas histórias de amigos, que começaram em formações e condições semelhantes, mas seguiram caminhos bem diferentes.

Um deles ingressou cedo (foi seu primeiro estágio) em um dos três maiores bancos do país. Fez carreira em uma instituição sólida, respeitada, e com o tempo migrou para outro banco de mesmo porte. Construiu uma trajetória consistente, estável e hoje, sem dúvida, é um executivo de sucesso, bem remunerado e respeitado.

O outro, na mesma época, escolheu um rumo diferente. Decidiu apostar em uma empresa de serviços financeiros que, lá atrás, ainda montava estandes de educação em shoppings do Rio de Janeiro. Lembro bem de algumas conversas que tivemos: deveria se arriscar em uma empresa pequena e desconhecida, ou seguir o caminho seguro em uma instituição tradicional?

Podemos fazer várias suposições para explicar os caminhos que cada um tomou. Talvez, o segundo sempre teve um perfil mais empreendedor e o desejo de trabalhar em uma organização menos engessada. Maybe…, mas existe um fator que a maioria dos especialistas de carreira não gosta de admitir: a aleatoriedade. O acaso. A sorte!

Anos depois, esse amigo se tornou sócio daquela empresa. Antes dos 40 anos, já tinha conquistado independência financeira e hoje vive como investidor em diferentes negócios.

Calma. Essas histórias podem nos levar a conclusões apressadas e radicais.

– “Então não vale a pena investirmos tanto em estudo, habilidades, preparo e estratégia?”

Não é nada disso. Aliás, é o inverso. Precisamos fazer o que está ao nosso alcance para colaborarmos com a nossa sorte.

Em um trecho do meu livro Global Workers: Escolha seu melhor futuro, uso uma metáfora para refletir sobre o tema.

Descrevo a cena de alguém perdido em uma praia deserta, quando de repente surge um cavalo sem sela correndo à beira-mar. Essa pode ser a única chance de escapar dali.

Mas esse náufrago só poderia usufruir da sorte que passa a galope diante dele se compreendesse os três elementos que estão por trás dela:

  1. Atenção. Se você estiver de cabeça baixa, o cavalo vai passar e você nem vai perceber.
  2. Preparo. De nada adianta enxergar a oportunidade se você não sabe como montar um cavalo, ainda mais sem sela e em movimento.
  3. Coragem. No fim, é preciso ousadia para se lançar naquela tentativa incerta, agarrar a crina e subir, mesmo com medo.

Sem atenção, a oportunidade passa despercebida.

Sem preparo, você não consegue agir.

Sem coragem, você não transforma a oportunidade em ação.

Nossa vida é feita de planejamento, disciplina e estratégia, mas também de sorte. Reconhecer a existência desse componente não nos torna menos responsáveis, mas mais realistas.

E você, quando olha para a sua trajetória, consegue identificar quais foram os momentos em que a sorte passou por você? E, principalmente: você estava atento, preparado e corajoso o suficiente para aproveitá-la?

Quer entender sua carreira de uma forma mais realista e sem blá blá blá? No meu livro Global Workers: Escolha seu melhor futuro, compartilho o que aprendi em mais de 25 anos de experiência no mercado de educação e contratação de profissionais remotos, em uma verdadeira mentoria de carreira e de vida.

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