Como você sabe que o sinal de trânsito abriu?
Provavelmente, você pensou: “olhando para a luz verde”, Gustavo. É óbvio! Mas se você mora em São Paulo, no Rio, ou em qualquer cidade grande do Brasil, sabe que a resposta é outra: é pelo barulho da buzina do apressado atrás de você.
*Uma observação “sinal de trânsito” é como carioca se refere a semáforo.
Essa cena cotidiana com a qual já nos acostumamos, resume muito bem o que tenho pensado sobre o nosso ritmo de vida.
Vivemos com pressa. Muita pressa.
Pressa para chegar ao trabalho (ou ligar o computador, para quem trabalha remoto).
Para cumprir a agenda, para aproveitar o dia, para sermos mais produtivos.
Para sair para correr, tomar banho gelado, ler dois livros por semana, isso tudo antes das 6 da manhã.
Temos pressa até quando estamos em viagem de férias!
Vivemos a era da produtividade performática.
Temos pressa para entrar na faculdade, para sair da faculdade, para fazer uma pós, para entrar no mercado, ser promovido, mudar de área, mesmo sem sabermos muito bem o motivo de tanta correria.
Afinal… para onde vamos com tanta pressa?
O filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, em A Sociedade do Cansaço, analisa esse fenômeno. A hiperatividade, a positividade tóxica e a busca constante por otimização nos transformam em sujeitos esgotados. E o pior: na maioria das vezes, nem sabemos exatamente o que queremos.
Meu avô, que já tinha vivenciado de tudo na vida costumava dizer com bom humor e ironia:
“Apressado envelhece mais rápido.”
Pode até parecer brincadeira, mas acho que meu avô tinha razão.
Se tem uma coisa que ninguém tem pressa de alcançar, e faz de tudo para retardar, é o envelhecimento. Tirando isso, temos pressa para tudo.
No universo das carreiras, isso fica ainda mais evidente. Queremos resultado rápido, pular etapas e aproveitar o sucesso sem vivermos o processo.
Lembrando um conceito que compartilho no meu livro Global Workers: escolha seu melhor futuro… Carreira não é linha de chegada. Carreira é jornada.
Uma jornada que inclui tentativa e erro, aprendizado contínuo, momentos de insegurança, conquistas e…, muitos recomeços. O importante é compreendermos que ela está sempre em movimento, em expansão… Acho que por isso, não gosto de usar o termo transição, pois carreira é soma e não subtração.
Gosto da comparação com a escalada. Você olha para o topo de uma montanha achando que, ao chegar lá, vai finalmente relaxar. Mas quando está lá em cima, descobre que aquela era apenas uma entre muitas outras que ainda vêm pela frente.
Por isso, viver com pressa não faz muito sentido. É preciso apreciar o caminho. O trajeto importa mais do que a chegada.
Em nossa jornada profissional não é diferente. Mais do que em qualquer outro campo, precisamos agir com estratégia, planejamento e ação. Isso é construir uma carreira e uma vida que fazem sentido para cada um de nós.
Se você quer construir uma carreira com liberdade, flexibilidade e remuneração bem acima da média, junte-se a nós na próxima Mentoria Gworker.
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