Me ajuda com uma vaga para o meu perfil?
Hoje, vou abordar um tema que confunde a cabeça de muita gente em busca de oportunidades profissionais.
Com a minha experiência nos muitos anos, recrutando e contratando profissionais no Brasil e na América Latina para trabalharem de seus próprios países para empresas estrangeiras, costumava responder essa pergunta frequentemente:
Me ajuda com uma vaga para o meu perfil? Ou, “tem vaga pra mim aí”?
Vou começar te dando uma má notícia:
Recrutadores trabalham para empresas, não para candidatos. Ou seja, são os empregadores em busca de talentos quem contratam empresas de recrutamento e seleção para conduzirem seus processos seletivos.
Portanto, são as empresas quem pagam – e são valores bem atrativos – pelo serviço prestado por um recrutador.
Recrutadores trabalham para empresas, não para candidatos.
São elas quem contratam consultorias de recrutamento e seleção para encontrar profissionais qualificados. É a vaga quem direciona o trabalho do recrutador e não o e-mail ou mensagem do candidato em busca de “alguma vaga”.
Existe um mito bastante comum no Brasil de que o recrutador ou, como gostamos de chamar por aqui, o “headhunter“, atua como um secretário pessoal buscando vagas sob medida para o perfil do candidato.
Isso não é verdade, com exceção de um único nicho.
De fato, existe um mercado em que o recrutador pode trabalhar diretamente para o candidato. Mas esse mercado é o de executivos de alto nível (C-level). E, mesmo assim, nesse caso, o profissional paga pelo serviço um percentual de seus salários futuros. É o que chamamos de executive Search, onde há empresas especializadas nesse tipo de reposicionamento (outplacement).
Mas esse não é o caso da maioria dos profissionais qualificados que atuam ou querem atuar no mercado de trabalho. Muito menos dos global workers.
Apenas uma observação. Não estou afirmando que recrutadores não interagem com candidatos. Todo recrutador quer manter um banco de talentos qualificados e atualizados para poder atuar com agilidade quando surgirem futuras oportunidades.
Mas isso não significa que ele esteja trabalhando “para você”. Ele está trabalhando para a vaga, ou melhor para a empresa contratante.
Acho que ficou claro, não? Portanto, meu conselho final, antes da boa notícia:
Não é nada eficiente entrar em contato com recrutadores “pedindo vagas”, sem que haja uma posição aberta e alinhada ao seu perfil.
Agora, a GOOD NEWS… Existe algo muito mais eficiente que você pode começar a fazer desde já. É o que ensino no Método Gworker de modo detalhado no meu livro.
Vou resumir aqui parte dessa estratégia com base nos três caminhos mais eficientes e comprovados para conquistarmos uma vaga global:
- Ser recrutado de forma passiva
Esse é o cenário ideal, mas também o mais específico.
Aqui, você precisa contar com uma boa dose de sorte e reunir alguns requisitos:
- Inglês funcional.
- Experiência corporativa em uma área de alta demanda (como tech, por exemplo).
- Ter também o espanhol, pode ser um diferencial.
- E por fim, ter tudo isso demonstrado de forma clara em seu perfil no LinkedIn.
Se você está nesse grupo, ótimo. Mas não dependa só dele.
- Construir relacionamentos (Netplaying)
Netplaying é o nome que dou à prática de construir relações profissionais de forma genuína, leve e natural (sendo quem você é).
Não é fazer networking por obrigação.
É manter contato com colegas, ajudar quem você pode enquanto está em boa condição, e cultivar essas conexões com naturalidade.
Muitas oportunidades surgem de quem você menos espera.
Às vezes, aquela pessoa que você ajudou no passado é quem vai lembrar de você no momento certo.
- Aprender a fazer busca ativa por vagas
Esse é o caminho mais negligenciado, porém o mais estratégico e importante (para você!).
Fazer busca ativa significa assumir o controle do processo.
Significa entender como as vagas são divulgadas, onde elas estão, preparar sua narrativa (escrita e oral) e como aplicar para elas.
Muita gente se apega à ideia do “currículo matador” como se ele, sozinho, fosse abrir portas. Isso só resolve o caminho #1. Além de te deixar em uma posição passiva diante de sua própria vida..
Se você quer triplicar suas chances, precisa dominar as três formas de entrada.
Mas principalmente: precisa entender que sua carreira é sua responsabilidade.
Quer saber como aplicar cada uma dessas estratégias no seu contexto?
No meu livro Global Workers: Escolha seu melhor futuro, ensino o passo a passo para você tomar o controle da sua trajetória profissional e conquistar a carreira global que deseja. Nos vemos daqui a 15 dias.