Gustavo Sèngès - Global Worker

Essa era a frase clássica que muitos de nós ouvimos dos nossos pais.

“Se você quiser conhecer o mundo, precisa trabalhar duro, juntar dinheiro e poupar.”

Naquela época, viajar era um privilégio para poucos e reservado para momentos de lazer, após anos de economia e planejamento. A ideia era clara: trabalho e viagem eram duas coisas separadas, e para alcançar uma, era necessário sacrificar a outra.

Felizmente, o mundo mudou. Hoje, é possível unir trabalho e viagem, viver novas culturas enquanto ainda mantemos nossos compromissos profissionais. O conceito de nômade digital se tornou uma realidade para muitos, permitindo que você leve o trabalho na mochila e explore o mundo sem abrir mão da sua carreira.

Ser um nômade digital é mais do que apenas trabalhar remotamente; é sobre a liberdade de escolher onde você quer estar enquanto trabalha.

Imagine estar sentado em uma cafeteria à beira-mar em Barcelona, com a brisa do Mediterrâneo ao fundo, enquanto finaliza uma apresentação para um cliente. Ou então, passar a tarde em uma praia na Tailândia, respondendo e-mails enquanto sente a brisa do mar. Esse é o novo mundo do trabalho, onde a vida profissional e pessoal se misturam.

É importante lembrar que existem dois tipos de nômades digitais. Há aqueles que se autointitulam nômades digitais, viajando de país em país enquanto trabalham remotamente, muitas vezes como turistas. E há o nômade digital formal, que possui um visto específico concedido por países que reconhecem essa modalidade de trabalho.

Esse tipo de visto é uma inovação recente, que começou a ganhar força a partir de 2020. Hoje, mais de 60 países das mais variadas regiões do planeta oferecem vistos de nômade digital ou algum tipo de concessão especial para trabalhadores remotos.

Portugal, Estônia, e mais recentemente, o Japão estão na vanguarda dessa tendência, oferecendo vistos específicos que permitem que profissionais qualificados trabalhem legalmente enquanto residem em seus territórios.

E qual a relação entre global workers e nômades digitais?

Para se tornar um nômade digital é necessário primeiro se estabelecer como um global worker.

O principal requisito para a concessão do visto de nômade digital é que você já tenha um trabalho remoto para uma empresa estrangeira, com comprovação de renda mínima.

Essa conexão entre ser um global worker e nômade digital é fundamental, pois é o que permite que você trabalhe legalmente em outros países e aproveite essa oportunidade de viver em locais diferentes enquanto mantém sua carreira.

Cada país tem seus próprios requisitos, mas o trabalho remoto é sempre o ponto de partida.

Além de preencher os requisitos legais é importante construir um planejamento financeiro e obter o consentimento de seu empregador.

Converse abertamente com a sua empresa sobre seus planos e a possibilidade de trabalhar remotamente.

Pesquise profundamente sobre o país de destino, levando em consideração o custo de vida, a qualidade da conectividade, as comunidades de nômades locais, e as opções de seguro de saúde.

Além disso, é fundamental entrar em contato com o consulado do país de destino para entender os trâmites oficiais e requisitos para o visto. Embora existam muitas histórias de sucesso, imprevistos podem surgir. Por isso, pesquise, se organize e execute seu plano com cuidado.

Para aqueles que preferem ficar menos tempo em um único destino, existe uma outra modalidade que vem se tornando uma tendência crescente, o chamado workation.

A palavra vem da combinação de “work” (trabalho) e “vacation” (férias), e descreve a prática de conciliar trabalho com períodos de férias. Essa opção é ideal para global workers que não querem ou não podem se estabelecer por longos períodos em um único lugar, mas que ainda desejam aproveitar o melhor de ambos os mundos: a produtividade do trabalho e o prazer de explorar novos lugares.

Portanto, se você deseja viajar o mundo enquanto trabalha, a mensagem dos nossos pais ainda faz sentido, mas com uma nova perspectiva: sim, você precisa trabalhar, mas agora você também pode viajar enquanto faz isso.

A economia e o planejamento continuam essenciais, mas a forma como você vive a vida e conduz sua carreira está em suas mãos.

Se você quer explorar essa nova forma de viver e trabalhar, continue acompanhando nossas newsletters para mais dicas, insights e inspirações sobre como transformar sua carreira em uma jornada global.

E para começar, clique aqui para acessar a nossa planilha com mais de 60 países que oferecem visto de Nômade Digital ou algum tipo especial para trabalhadores remotos.

Perfis para seguir (e aprender sobre o assunto)

O tema nomadismo digital é muito dinâmico pela velocidade das transformações no mundo do trabalho. Há algumas leituras recomendadas, mas prefiro indicar especialistas no assunto que estão constantemente trazendo o que há de mais atual sobre esse universo.

Gonçalo Hall: CEO da NomadX, e um dos maiores expoentes no tema nômades digitais: https://www.linkedin.com/in/goncalohall/

Andrew Williams, fundador da remote Tribes – digital nomads: https://www.linkedin.com/in/andrew-williams-remote/

Rowena Hennigan, especialista em trabalho remoto de qualquer lugar, e membra da Digital Nomad Association Croatia: https://www.linkedin.com/in/rowena-hennigan/

No meu livro Global Worker: Escolha seu Futuro, com lançamento previsto para fevereiro pela Editora Gente, nômades digitais será um dos temas, assim como vários outros que ajudarão você a construir a sua carreira global.

O futuro do trabalho já chegou para muitas pessoas que vivem com liberdade e excelente remuneração trabalhando de forma remota para as empresas mais inovadoras do mundo.  

Com o Método Gworker® você vai poder aprender e aplicar na prática o passo a passo testado por mim e mais de 3 mil profissionais que alcançaram a tão sonhada vaga global. Em breve, no nosso livro.